segunda-feira, 24 de agosto de 2009


A ESCADA DE JACÓ


”Há mais mistérios entre o céu e a terra do que possa supor nossa vã filosofia”.

Ir.’. William Shakespeare

... estão tentando salvar-me,

mas estou indo bem, o melhor que posso...

Passo a passo, um por um, mais e mais alto,

Passo a passo, um por um subindo pela escada de Jacó...

Tudo o que eu quero para o amanhã é tornar-me melhor hoje”.

...versos da música Escada de Jacó de Bruce Hornsby

Traduzem o tema deste trabalho. Refletem uma melhoria contínua e constante. Devem refletir atitudes, crenças e valores da Irmandade.

A "escada de Jacó é a escada simbólica da Mediunidade, através da qual os Espíritos se colocam em contato com os homens, no Plano Físico.

A subida da escada de Jacó não é uma atividade de mão única. Essa escalada é rica, é de interação vital para se completar a obra. Ela é o fluir de todos os recursos espirituais necessários para que os "mistérios das alturas" sejam desvendados em nossa insustentável fragilidade humana.

Ao apreciarmos a natureza podemos perceber que tudo o que nos cerca é algo que o Criador nos ensina por intermédio de símbolos e alegorias. O Sol que se eleva no firmamento e em seu nascente e poente, aí está uma alegoria de nossa existência mortal, a vida e a morte e, mais ainda, a ressurreição. A semente plantada nos ensina o renascimento.

A interpretação da escada de Jacó é que este é o único caminho para atingirmos o êxtase total, a plenitude, entretanto, devemos mais uma vez superar os obstáculos que encontramos em nossa ascensão, pela fé renovadora, simbolizada e identificada pela Cruz.
A âncora aqui não representa tão somente a esperança, todavia sua colocação nos degraus da escada de Jacó significa o elemento que deve ser ultrapassado, pois a âncora tem a finalidade precípua de nos fixar à matéria. Também representa a Esperança no Aperfeiçoamento Moral.
O cálice representa a provação, o juízo final, transposto este obstáculo, atingimos a luz maior, a estrela de sete pontas ou dos magos conforme o arcano XVIII do livro de Thot.

Assim como a Escada de Jacó está envolvida nos mistérios e instituições que a tradição nos dá conhecer, temos a árvore da vida, no jardim do Éden nos mostrando caminhos entre um estágio inferior para um estágio superior. O verso da carta do tarô - o arcanjo maior - O julgamento - aonde vemos uma escada de sete degraus um arcanjo com sua trombeta , tendo à sua volta uma serpente que engole seu rabo com uma árvore ao seu redor. Além de figuras humanas na base da escada.
Esta carta mostra a ressurreição sob influência do Verbo. A Arvore da Vida carrega a seiva para Ourobus, a serpente que morde sua própria cauda, que é o símbolo da eternidade. A misteriosa escada dourada (escada de Jacó) que é o veículo para o homem ascender a um plano superior, atendendo ao chamado do arcanjo. A compreensão desta linguagem simbólica implica o conhecimento de questões que estão diretamente ligadas ao estudo e análise do nosso subconsciente, dos arquétipos e do nosso inconsciente coletivo descrito por Carl Gustav Jung.

A sabedoria é um crescimento da alma, e a recompensa do trabalho e do esforço, que não pode ser adquirido se não pelo seu igual valor em sacrifício. Cada vez que você progride, ao olhar par trás, perceberá ter passado pelo altar os sacrifícios, algo que representou o trabalho de suas mãos e de seu coração. Simbolizando que, por meio do trabalho, retribuirá aos seus Irmãos e a Humanidade os benefícios que recebeu gratuitamente.

domingo, 23 de agosto de 2009



A ESCADA DE JACÓ NA MAÇONARIA

São várias as passagens que na Bíblia faz referência à Escada de Jacó, que seria o elo físico entre o nosso reino e o reino dos céus, por onde os Anjos e enviados de Deus, transitam para dar luz à humanidade.
Mas cabem algumas reflexões antes de nos voltarmos à interpretação propriamente dita.
Por que a Maçonaria, sendo não religiosa, adota alguns símbolos principalmente do Cristianismo em seu Templo é lhes dá tamanha relevância em sua ritualística, como é o caso do Livro da Lei (representado pela Bíblia Cristã), a Escada de Jacó, os padroeiros São João Batista e São João Evangelista, o próprio Templo de Jerusalém que é ícone do Judaísmo, etc.
Obviamente que voltando no tempo, vamos encontrar a Maçonaria operativa adotando simbologias cristãs que era a religião preponderante, dominante e representativa do Estado. Seria lógico, que estas corporações utilizassem o cerimonial, os símbolos, as alegorias e a própria Bíblia como instrumentos de trabalho, pois dogmaticamente, acreditavam no Deus do Cristianismo. Posteriormente, na fase especulativa, a Maçonaria não abandonou esses símbolos já que incorporados à tradição da Ordem, em que pese houve um movimento no final do século XVII e início do século XIX para que fossem abolidas todas as referências ao Cristianismo, inclusive esta, da Escada de Jacó.
Mais tarde, as antigas tradições foram retomadas e mesmo um símbolo Cristão, foi adotado dentro de outra simbologia. Não é mais através da oração e da prece católica que o indivíduo sobe a Escada de Jacó, mas sim, simbolicamente pela prática da Virtude e da elevação moral.
Inicialmente a Escada de Jacó era representada por 3 degraus, correspondente aos 3 graus da Maçonaria Simbólica. Posteriormente por 7 degraus (como os há no Templo) representando as 7 Virtudes necessárias para atingir o grau de perfeição moral. Atualmente é representada por um número não especificado de degraus, demonstrando que o caminho é longo, pesado e infinito.



INTERPRETAÇÃO SIMBÓLICA DA ESCADA DE JACÓ

Assim que as escuras nuvens da ira Divina se dissiparam e abriu-se o Céu, passamos a desfrutar de um raio de Sua Glória na “Abóbada Celestial da Loja”. E, mais do que isso, o mesmo ser Divino nos ensinou a conseguir chegar ao topo do mesmo, pelos meios emblemáticos ilustrados por uma Escada composta de três principais lances que levam ás três virtudes teológicas: Fé, Esperança e Caridade. Assim, simbolicamente, um canal é aberto quando abrimos o L:. da L:., para comunicação entre a criatura e seu Criador, com o cativante objetivo de restaurar ao homem a felicidade suprema da qual foi privado pelo pecado original.
O objetivo maior da maçonaria pode parecer utópico. Mas essa escada representa um rumo certo, um caminho a seguir.
O questionamento que permanece é se seria ou não uma pretensão desarrazoada subir os degraus da escada.
A resposta está nos símbolos que estão inseridos entre os degraus e o topo da escada: se o ponto mais alto parece algo inatingível, os símbolos da fé, esperança e caridade, lembram a importância desse caminhar - a forma e o meio.
O ensinamento contido nesses degraus - vinculando a subida rumo ao aperfeiçoamento, à prática da fé, esperança e caridade - é claro no sentido de que a forma com que se pretende alcançar o objetivo maior de aperfeiçoamento é fundamental.
Falta aos homens à busca pelo sonho, o anseio eterno da utopia. Mas se o alto da escada nos parece algo intangível, os primeiros degraus estão próximos. Já seria um enorme progresso humano se fossem dados os primeiros passos.
Essa lição serve para guiar nossa conduta pessoal, na família, na sociedade e entre IIrm:..
No alto da escada, encontramos a Estrela Flamigera ou Estrela de Sete Pontas, irradiando sua energia na forma de raios de luz e calor. A Estrela guia-nos com sua luz pela Escada ao caminho do Divino.

A ESCADA DE JACÓ

A Escada vê-se apoiada no L:. da L:., significando, claramente que não há como iniciar a sua ascensão sem passar por ele, ou seja, pelos ensinamentos e normas que ele contem e que segundo a tradição foi por inspiração de Deus. Mais, numa interpretação mais aprofundada e livre, se mesmo iniciada sua marcha na ascensão da Escada, falharmos na observância do L:. da L:. faltará a base e fatalmente cairemos no abismo do erro e do vício, tendo que reencontrar o caminho.

Para galgarmos os degraus da Escada, encontramos três emblemas, representados pelas figuras de uma CRUZ, uma ÂNCORA e um CÁLICE com uma MÃO. São grandes as simbologias destas alegorias.
A CRUZ – A cruz é um dos símbolos humanos mais antigos e é usada por diversas religiões, principalmente a cristã, embora nem todos os cristãos a usem como símbolo. Ela normalmente representa uma divisão do mundo em quatro elementos (ou pontos cardeais), ou então a união dos conceitos de divino, na linha vertical, e mundano, na linha horizontal. Na Maçonaria e no Painel, representa o símbolo da Fé. A fé renovadora que é a Sabedoria do espírito, sem a qual o homem não levará nada a termo. Também simboliza a Morte. A morte para o mundo profano, sem o qual não poderá almejar ascender ao mundo espiritual que a Maçonaria propicia a seus iniciados.
A ÂNCORA - A âncora aqui não representa tão somente a esperança, todavia sua colocação nos degraus da escada de Jacó significa o elemento que deve ser ultrapassado, pois a âncora tem a finalidade precípua de nos fixar à matéria. Também representa a Esperança no Aperfeiçoamento Moral. Também representa a força de gravidade que nos impulsiona para baixo (nossos vícios e erros) que devemos carregar e livrar-nos para poder ascender na Escada da Virtude.
O CÁLICE - O cálice representa a provação, o juízo final, transposto este obstáculo, atingimos a luz maior, a estrela de sete pontas. Mas não chegaremos a este estágio sem a CARIDADE que é a beleza que adorna o espírito e os corações bem formados, fazendo com que neles se abriguem os mais puros sentimentos humanos.
Por outro lado, continua ele, a Escada como símbolo da Moral, representando o crescimento espiritual do homem na busca da sua perfeição e do elo entre o céu e a terra, é muito antiga.

Portanto, ao vermos o Painel da Loja de Aprendiz, devemos lembrar imediatamente de duas coisas: da Escada de Jacó, símbolo do ciclo evolutivo da vida e da ascensão virtuosa que o Maçom deve almejar até a celestial plenitude, e que seus degraus representam as virtudes que o Maçom precisa adquirir para atingir a perfeição, sendo que as principais delas são a Fé, a Esperança e a Caridade, as Virtudes humanas.


ALQUIMIA E A MAÇONARIA

A Maçonaria e os maçons com as suas alegorias de construção, como ferramentas: trolha, esquadro, compasso, régua, maço, cinzel; materiais como tríplice argamassa, de forma alguma querem dar a entender que queiram construir algum prédio material - quando assim o querem contratam uma firma especializada - mas sim a construção de um Templo Espiritual à Divindade Maior, o Grande Arquiteto do Universo.

É a procura do auto-conhecimento para purificar o ente de cada obreiro, e a partir daí construir a morada do Espírito. Essa construção maçônica percorre vários patamares (Escada de Jacó) e à medida que o maçom vai galgando os seus degraus (os graus maçônicos) ele tem um compromisso com a Lei do Karma de estar mais santificado que no patamar anterior.

Da mesma forma o alquimista no seu trabalho de manipulação das substâncias não quer dizer que ele queira conseguir ouro material. Alquimia é a ciência pela qual as coisas podem não ser decompostas e recompostas (como se faz em química), mas também sua natureza essencial pode ser transformada e elevada ao mais alto grau ou ser transmutada em outra.



A ESCADA DE JACÓ - EVOLUÇÃO MAÇÔNICA

. A medição ou especificação do tamanho e do formato das pedras;
. O desbaste, adequação das formas e o polimento para dar o acabamento adequado às pedras;
. A aplicação e o assentamento das pedras na construção.

Este conjunto de instrumentos que são necessários a execução de cada etapa da obra., indicam na Ordem Maçônica, simbolicamente os diversos Graus que nela existem. Cada Grau, representa na Maçonaria, todo um conjunto de conhecimentos que são necessários ao aperfeiçoamento e ao crescimento moral e ético dos Maçons.

Uma das muitas certezas que a vida em sociedade e a evolução do conhecimento humano nos deram, foi a de que nem todos os homens assimilam de maneira semelhante as mensagens da Simbologia Maçônica. Como se coloca em alguns rituais: devemos pensar mais do que falamos. A reflexão e a conseqüente meditação são essenciais a compreensão da linguagem maçônica.

O avanço pelos diversos graus, portanto não deve ser considerado pelo tempo que esta sendo empregado, não devem ser conduzidos pela pressa. Oque deve ser levado em conta é o esforço individual e o desprendimento pessoal de cada Maçom, conforme o seu potencial e capacidades para poder galgar com segurança e sabedoria os degraus da Escada de Jacó.

quinta-feira, 13 de agosto de 2009


PRINCÍPIO HERMÉTICO E MAÇONARIA
O holismo impregna os conceitos maçônicos, desde o interesse pelo aperfeiçoamento pessoal conduzindo, necessariamente, ao da sociedade, até a busca da consciência unicista; e desde a sensibilidade ecológica até a idéia de uma “rede”(A Ordem) global.
A Maçonaria faz o “bem”, física e moralmente. Seus adeptos unem-se em sentido fraternal – e, segundo Helena Blavatsky, em seu livro “As Origens do Ritual na Igreja e na Maçonaria”: “é a única “religião” no mundo, se consideramos o termo como derivado da palavra “religare” (ligar), pois que une todos os homens que a ela se filiam como “irmãos”, sem preocupações de raça ou fé”.
Holismo, basicamente, é uma atitude diante da realidade, uma forma de perceber e compreender o mundo, onde há “permissão” para um intercâmbio dinâmico entre Ciência, Arte, Filosofia e as Tradições Espirituais.
Sendo assim, o pensamento holístico e Maçonaria formam um conjunto, que atravessa todos os níveis de atuação individual e social do maçom; esse conjunto admite todas as religiões; admite todos os sistemas filosóficos - mas não os mesclam, não os misturam (Corda de 81 Nós – todos juntos, porém, cada maçom conserva sua individualidade). Respeita o que cada um tem de importante e entende que a diversidade é aceitável e é até recomendável e essencial para a proliferação e riqueza das idéias.
Não exclui, não condena, não separa. Somente constrói pontes, estabelecendo correlações entre áreas consideradas inconciliáveis como a Ciência e o Misticismo, a Arte e a Filosofia.
Considera que em cada coisa está representado o Todo e que este transcende a simples soma de suas partes (Princípio Hermético).

O TODO OU O FRAGMENTO
A concepção do Universo como um todo harmonioso e indivisível é o enfoque central do Paradigma Holístico; e como evidencia a teoria holográfica, cada parte constitutiva do Universo contém informações sobre todo o Universo e, portanto, alterações nas partes afetam o todo.
Essa concepção substitui o modelo fragmentado e reducionista baseado na orientação mecanicista do paradigma newtoniano/cartesiano.

A percepção holística preocupa-se com o bem-estar do ser total,
integrado em seu meio.
Ela está baseada na suposição que corpo, mente e espírito formam uma unidade.Por ser livre e possuir conhecimentos abrangentes, antigos e ecléticos, a Maçonaria e seus membros buscam, nas mais diversas áreas do saber, suas verdades e experiências, resultando em uma filosofia ampla e holística.
A Maçonaria, sempre estimulou seus adeptos, a superar formas de dualismo (o número 2 – o opositor), em busca da totalidade: ser humano e Natureza, energia e matéria, corpo e espírito, etc. O holismo é uma visão de mundo que se contrapõe à visão dualista, fragmentadora e mecanicista que despojou o ser humano da sua unidade, ao longo dos séculos. A Maçonaria propõe o simbolismo primevo da Trindade.


A MAÇONARIA E O HOLISMO



A Maçonaria, considerando que homem e Natureza, são componentes de um mesmo sistema, alinha-se ao conceito de holismo.
A idéia de holismo não é recente. Ela atravessa por várias concepções filosóficas ao longo de toda a evolução do pensamento humano. O pensamento holístico é profundamente ecológico, e de acordo com ele, o indivíduo e a Natureza não estão separados, mas formam um conjunto único, que não pode ser dissociado.
A palavra holismo vem do grego “holos”, que significa “o todo” – a integração das partes num todo. Aparece pela primeira vez na obra “Holismo e Evolução” , de Jan Smuts, em 1921, governador britânico no sul da Índia, que assim a definiu : “A tendência da natureza a formar, através de evolução criativa, todos que são maiores que a soma de suas partes”.
Holismo é o conceito-chave do paradigma que afirma haver uma integração abrangente do mundo e do homem. Em contraste com a experiência de uma fragmentação na ciência e na vida cotidiana, a integralidade é apresentada como um conceito filosófico-científico.

A humanidade está presente no Universo como parte de um único organismo vivo, de uma rede harmoniosa de relações dinâmicas.

A humanidade faz parte de uma rede universal (ecossistema, família) de Natureza e Mundo, e cada indivíduo deve procurar estar em harmonia com cada elemento desta rede transcendente. Quando se compreende qual é o seu papel na Natureza e no Cosmo - então compreende-se que “integralidade” e “sagrado” são uma só coisa.

A MAÇONARIA É SECRETA?
A Instituição não é, exatamente, uma sociedade secreta, porque sua existência é conhecida, mas é iniciática: o candidato ingressa por meio de rituais, iniciado por um Mestre Maçom. A Ordem é uma sociedade “discreta”.
As autoridades de vários países lhe concedem personalidade jurídica. O único segredo que existe e só se conhece por meio do ingresso na Ordem, são os meios usados pelos maçons para reconhecerem-se entre si, em qualquer parte do mundo e o modo de interpretar seus símbolos e os ensinamentos neles contidos.
Também é ciência (investigação racional ou estudo da Natureza direcionado à descoberta da Verdade), no seu aspecto mais abrangente, partindo da premissa que homem e Natureza são componentes de um único sistema.
É ciência aplicada na prática, eticamente, para a evolução geral da humanidade, entendendo que a ação é decorrência do pensamento, adotando o desenvolvimento do intelecto, como via para o desenvolvimento da capacidade maior da Ordem, da Sociedade, do Planeta e do Universo. Proclama a prevalência do espírito sobre a matéria.

COMO É A MAÇONARIA?

Admitindo em seu seio homens de caráter, sem consideração à sua raça, cor ou credo, a Maçonaria se esforça para constituir uma liga internacional de homens dedicados a viverem em paz, harmonia e afeição fraternal.
Em cada país ou em cada estado de uma Federação, é regulada e dirigida por uma Grande Loja independente e soberana.
A Ordem é uma associação de homens livres e de bons costumes, cultivando os princípios da liberdade, democracia e igualdade, aperfeiçoamento intelectual e fraternidade.

É uma entidade iniciática, filosófica, educativa e filantrópica.

É uma Instituição que promove o renascimento espiritual do homem, através de um realinhamento do sistema de sua conduta moral e ética. O iniciado na Ordem compromete-se a vencer paixões, vícios, ambições, ódios, desejos de vingança e, o que estiver oprimindo-lhe a alma.
Onde a palavra liberdade está, também aí depara-se com a Maçonaria.
O QUE É A MAÇONARIA?
“A parte é diferente do todo, mas também é o mesmo que o todo. A essência é o todo e a parte”.
Heráclito de Éfeso (544 a.C – 484 a.C.), filósofo grego.

A Maçonaria é uma Ordem Universal formada por homens de todas as raças, credos e nacionalidades, acolhidos por suas qualidades morais e intelectuais e reunidos com a finalidade de construírem uma Sociedade Humana, fundada no Amor Fraternal, na Esperança com amor à Deus, à Pátria, à Família e ao Próximo com, Tolerância, Virtude e Sabedoria e com a constante investigação da Verdade e sob a tríade Liberdade, Igualdade e Fraternidade, dentro dos princípios da Ordem, da Razão e da Justiça.
Para que o mundo alcance a Felicidade Geral e a Paz Universal.A Maçonaria é uma organização mundial de homens que, utilizando-se de formas simbólicas dos antigos construtores de templos, voluntariamente uniram-se para o propósito comum de se aperfeiçoarem na sociedade.

terça-feira, 11 de agosto de 2009






O DUALISMO

A maçonaria é gnóstica, ou seja crê no dualismo. O dualismo é uma crença segundo a qual o bem e o mal são apenas duas faces da mesma moeda..Para que haja uma evolução dialética é necessário, segundo os gnósticos, que o bem interaja com o mal para que a evolução, que é uma síntese de tudo isso, apareça.Assim os quadrados brancos juntos com os negros representam algo como o Yin e o yang, isto é, o bem e o mal são necessários um ao outro para que haja evolução e se interpenetram.
Nós somos pensamentos-sentimentos em perpétua mutação e contradição; amor e ódio, calma e cólera, inteligência e ignorância.
Luz e Trevas: a Eterna Batalha
A tradição oculta fala sobre a existência de uma fraternidade negra, pessoas que trabalham unicamente para o eu, que resistem ao processo de evolução e tentam distorcê-lo. Esses inimigos do progresso e da felicidade, chamados de “senhores da face escura”, são considerados a antítese da Grande Fraternidade Branca.
Quem se aprofunda no estudo da história, especialmente da evolução cultural e espiritual da humanidade, reconhece a existência de duas forças antagônicas: as forças do progresso e da expansão, de um lado, e as da decadência e da contenção, de outro. Essas forças opostas são, às vezes, chamadas de forças da luz e forças das trevas – expressões bastante utilizadas por oradores e escritores durante as duas grandes guerras do século vinte.
Uma definição geral para essas duas forças opostas deve levar em conta que todos os seres humanos altruístas, qualquer que seja seu nível de evolução, são expressões das forças da luz. Todos os seres humanos egoístas, do selvagem sensual até os cruéis e altamente intelectualizados inimigos da felicidade humana, são representantes das forças das trevas. Entre essas duas forças e seus representantes humanos é travada uma guerra perpétua, da qual as duas guerras mundiais foram uma expressão temporária no plano físico.
A cor negra representa o caos, os presságios, o medo e o vício. A cor branca simboliza a fé, a pureza, a esperança, a bondade, a força e a paciência do homem para com o seu semelhante.
Simbologia que envolve o entrelaçamento dos opostos: o bem e o mal, espírito e matéria, o dia e a noite, a dualidade presente no cotidiano de nossas vidas retratada no piso interior do Templo, entre o Sul e o Norte, do Ocidente ao Oriente. Refletem a sua simbologia, também, na indumentária maçônica. Essa é uma das razões do rigor exigido em nossas vestes, que refletem no piso mosaico a mística do preto-masculino-sol e o feminino-lua, o iniciar do dia, e o branco relacionado com o finalizar do dia e a fertilidade dos homens e mulheres, cumprindo e protagonizando o ritual da criação.



O QUE SIMBOLIZA O PAVIMENTO MOSAICO?

Significa a variedade do solo terrestre, formado de pedras brancas e pretas ligadas pelo mesmo cimento; simboliza a união de todos os Maçons, apesar de diferenças de cor, climas e de opiniões políticas e religiosas. E também, a imagem do Bem e do mal, de que se acha semeada a estrada da vida.
Simboliza a perfeita harmonia e dualidade entre os opostos nas leis naturais no Universo. É o emblema do Eco, reflexo, conflito ou contraposição de forças antagônicas. Simboliza a dualidade positivo-negativa de todas as coisas existentes; cada elemento da natureza tem o seu oposto: espírito e matéria, luz e sombra, calor e frio, vida e morte, etc.
Simboliza a diversidade dos homens e de todos os seres, animados ou inanimados, entrelaçando-se o espírito com a matéria.Com seus ladrilhos unidos e simétricos representa a harmonia universal, a união de homens de todas as raças e crenças e a afirmação de que a maçonaria não admite preconceitos.Lembra que apesar da diversidade do antagonismo das coisas da natureza, em tudo reside a mais perfeita harmonia.
Remetem ao Maçom à humildade que lhe deve ser inerente, perante as mais variadas representações da Fé no Grande Arquiteto, orientando-nos para o caminho da tolerância e desapego aos preconceitos quando nos deparamos com conceitos diversos de religiosidade mas, que não representando nenhuma afronta às Leis Maçônicas, devem ser respeitadas e vistas como a exteriorização do amor ao G.'.A.'.D.'.U.'.Esta tolerância, deve se dar apenas no sentido de desapego à conceitos pré-concebidos que nossa vivência no mundo profano eventualmente nos faz incorporar, e o respeito às religiosidades humanas tem a finalidade de busca a uma harmonia Universal.

Mostram-nos ainda seu apoio no pavimento de mosaico, que é a personificação da dualidade ou pares opostos, como dia e noite, a dor e o prazer, a honra e a calúnia, o êxito e a desilusão, pois é na dualidade que repousam todos os caminhos de nossa existência, porquanto são os dias dos homens que fazem o julgamento de sua própria conduta.

PISO MOSAICO



A três passos da porta, que se encontra no Ocidente, estão situadas as duas colunas, J. e B., emblema dos dois princípios e dos pares de opostos que dominam o mundo visível. A atividade combinada destes dois princípios aparece manifestadamente no pavimento de mosaico em ladrilhos brancos e negros, que se estendem desde a base das colunas em direção ao Oriente, igualmente em forma de quadrilongo, ocupando o centro do Templo.O pavimento de mosaico é um belo emblema da multiplicidade engendrada pela dualidade, constituída pelos pares de opostos que se encontram constantemente um perto do outro; o dia e a noite, a obscuridade e a luz, o sonho e a vigília, a dor e o prazer, as honras e as calúnias, o êxito e a desilusão, a sorte e o azar, etc. Sobre estes opostos, que se encontram em todos os caminhos e em todas as etapas de nossa existência, o iniciado que tenha provado da Taça da Amargura deve marchar com ânimo sereno e igual, sem deixar-se exaltar pelas condições favoráveis nem reprimir-se pelas aparências desfavoráveis.

sexta-feira, 7 de agosto de 2009



ROMÃS - FRUTOS SAGRADOS

Para os Assírios, a romã simbolizava a vida
e os primeiros frutos da colheita eram entregues ao sacerdote
que extraía o seu suco para que o Rei o oferecesse ao ídolo.
Os frutos mais formosos que simbolizavam o prolongamento da vida
eram preservados para o templo;
a Romãzeira era considerada como o pai da vida;
com a madeira da árvore, eram confeccionados amuletos.

Os fenícios, tinham a Romã, também, como frutos sagrados,
bem como os Cartagineses e os Romanos,
que os reproduziam nos capitéis de suas colunas
e os colocavam nas tumbas dos sacerdotes e dos reis.
Para os gregos a Romã era sagrada e eles a denominavam de Roidion,
e a Romãzeira de Roía; os frutos eram oferecidos à deusa da sabedoria,
protetora da cidade de Atenas.
Para os iniciados nos mistérios de Eleusis,
Dodone, Delfos, Megara e outros, a Romã simbolizava a fecundidade e a vida.
Platão teria afirmado que dez mil anos antes de Menés
já existia a cerimônia que incluía a Romã como fruto,
com a sua rubra flor.

quarta-feira, 5 de agosto de 2009


O SIMBOLISMO AFRODISÍACO DA ROMÃ

Por quê Salomão valorizava tanto a romã e o seu vinho?
Além do atributo afrodisíaco que os comerciantes dão ao vinho da Romãzeira, o relato de Cantares é claro. Um homem para contentar a mil mulheres, mesmo com higidez excepcional, deveria valer-se de algum produto afrodisíaco, que não era outro senão o vinho da romã.
Isto justifica o seu uso, a ponto de fazer da Romã um símbolo sexual conjugado com os lírios, símbolo da excelência feminina. Colocadas as Romãs e os Lírios, nos capitéis das Colunas do Templo, quis Salomão render destaque à sua condição de rei poderoso em todos os sentidos. Poder-se-ia, contudo, questionar sobre esse evento: mas quando Salomão tinha mil mulheres o Templo já estava construído como as duas respectivas colunas.
No entanto, já naquele momento, Salomão possuía mulheres em grande número e é de se supor que a ingestão do vinho afrodisíaco já era um hábito e uma necessidade. Não se conhece a idade exata de Salomão.Mas, se com idade tenra iniciou a construção do Templo, como justificar a presença das Romãs e dos Lírios? Talvez uma manifestação profética, uma vez que esses adornos foram determinados por Davi que os recebera do Senhor. Davi, por sua vez, tivera um grande número de mulheres e concubinas, e o uso do vinho afrodisíaco, poderia ter sido também um hábito seu. Portanto, as romãs simbolizam a virilidade masculina.
Uma justificativa coerente sobre a presença das Romãs, além de que simbolizava a união fraterna pela coesão de seus grãos, era a da necessidade dos excitantes sexuais, que vem justificada pelo costume que os poderosos tinham de manter junto a si, múltiplas esposas e concubinas.

A MACIEIRA NÃO DEU CERTO. MAS A ROMÃZEIRA SIM!

Ao lado da minha casa de minha infância tinha uma macieira que não deixava a luz entrar totalmente em meu quarto. Ela tapava minha visão exterior com sua copa.
Eu cresci olhando a macieira e lembro que seus frutos não desenvolviam, nasciam as flores, que logo se tornavam maçãs, mas que amarelavam, apodreciam, caiam. Isso me deixava intrigado, era algo que não tinha explicação, a terra era fértil, e chovia muito na região.
Por que os frutos apodreciam? Perguntava a meus irmãos e nunca tinha a resposta.
No entanto, me parecia útil viver à sombra dela. Seus galhos faziam sombras que permitiam que eu dormisse até mais tarde.
Acordei certo dia com o tinir do machado. A janela estava aberta! Vi que meu pai derrubava a macieira. Saí do quatro a pinotes, rumo ao quintal. Chegando lá queria saber o porquê. Meu pai disse que a maçã era a fruta da discórdia; que Deus expulsou Adão e Eva do Paraíso porque eles comeram maçã. Voltei para meu quarto, pensativo: sendo a árvore da desunião, meu pai acertou em derrubá-la...Era por isso que ela não dava frutos...
No dia seguinte acordei com uma luz intensa em meus olhos. Olhei pela janela e a macieira não estava mais lá. Eu ainda estava meio cego devido à luz. Um de meus irmãos, que não pude ver, pegou minha mão e me conduziu até a janela. Lá pude ver que a árvore plantada no lugar era uma romãzeira.
Tempos depois a romãzeira estava florida. Quase todas suas flores se transformavam em romã. Suas sementes ficavam bem juntinhas e presas na tenra casca. As romãs maiores apresentavam rachaduras, e suas sementes caiam e germinavam no solo fértil. As mudas recém nascidas ficavam à sombra da mãe até certa idade, depois meus irmãos as replantava em lugar com maior luminosidade, e elas cresciam e davam frutos.
Eu sei que muitos gostam de plantar macieiras, porque maçã tem bom valor de mercado. Outros de dormir até mais tarde, de viverem à sombra. Esperam os frutos sem nunca terem plantado uma árvore. Não os julgo. Que plantem macieiras!
Mas eu estarei sempre com meus irmãos plantando romãzeiras. Porque sei "quão bom e quão suave é que os irmãos vivam em união!"

terça-feira, 4 de agosto de 2009


ROMÃ - SIMBOLISMO DA FERTILIDADE


Ao longo de tempos imemoriais, a romã tem sido o símbolo da fertilidade.

Na mitologia Grega, Perséfone , filha de Deméter (a mãe da Terra), após seu rapto recusa qualquer alimento enquanto Hades (reino dos mortos) lhe deu uma romã para que ela comesse. "Ele me pôs na mão um alimento doce e açucarado, uma semente de romã" (Hino Homérico a Deméter).

É considerada um símbolo da fecundidade pela quantidade excessiva de sementes.

A abertura da romã é associada a defloração.

Ela é um símbolo do amor, da vida e da morte.

Na Roma Antiga, jovens recém-casados usavam coroas de ramos de romãzeira.

A simbologia da romã, tanto na Grécia, como em Israel, está ligada claramente à fertilidade da terra.

Em todos os textos lidos sobre a romã e sua simbologia, ela representava sempre o símbolo da fertilidade. Se procurarmos desdobrar a palavra fertilidade, encontraremos a energia primordial dupla em polaridade se unindo para criar e perpetuar a vida em todas as suas formas.

Por si só, esse já seria um simbolismo maravilhoso para ser "guardado" no templo maçônico, sempre a nos dizer que precisamos ser férteis no nosso amor, multiplicando as forças e produzindo sempre mais!

É preciso que respeitemos a Terra, que a energia cósmica fecunda e faz crescer os frutos que nos alimentam, sem que sequer agradeçamos por isso!

SONETO DA ROMÃ


Lindas flores vermelhas enfeitam um pé de romã...

Romãzeira, num colorido encantador, enfeita a manhã!

Raios de sol, entre galhos, folhas e flores, a iluminar...

E a magia da natureza se faz presente no meu pomar.


Lindos frutos vermelhos enfeitam um pé de romã...

Sabores e odores de uma fruta que parece um talismã!

Vento que sopra e embala a árvore da fertilidade...

Numa dança quando dançam pessoas de toda idade.


É a festa do existir no canto de nossa fraternidade...

Sementes confinadas em bagos de beleza cristalina!

E que se transformam em Símbolo de Fecundidade.


Casca que aloja sementes como a Loja nos abriga...

Maçons reunidos e unidos num plano de igualdade!

Comungando a perfeição de se estar em liberdade.


Ir .’. Joaquim Monte

O SIMBOLÍSMO MAÇÔNICO DA ROMÃ

O simbolismo do fruto e de sua flor se adequa à filosofia maçônica, pois os grãos simbolizam a união dos maçons em seus vários aspectos: o fisiológico, porque cada grão possui "carne", "sangue" (o suco) e "ossos", (as sementes).
Os grãos crescem unidos de tal forma que perdem o formato natural, que seria redondo; espremidos uns aos outros, são semelhantes a polígonos geométricos, com várias facetas; são lustrosos e belos, lembrando os favos de uma colméia de abelhas; as abelhas trabalham sem descanso e assim lutam os maçons.
Os frutos representam os maçons que estão no Oriente Eterno; são pedras totalmente polidas que abrilhantam o Reino Celestial. As câmaras simbolizam a vida externa e a interna, ou seja, a mente humana e o espírito.
As cinco células da Câmara Alta representam as fases intelectuais onde se estuda a razão da verdade eterna; o conhecimento, o impulso para o elevado, para a moral e para a perfeita harmonia. Representam, ao mesmo-tempo, as cinco raças humanas, perfeitamente unidas, sem preconceitos; também recordam as cinco idades do homem: a embrionária, a infância, a do aprendizado, a construtiva e a madura.
As três células da Câmara Baixa correspondem ao aprendizado, ao companheirismo e ao mestrado. As três substâncias do homem: sangue, carne e ossos; ao homem Templo, ao homem Altar e ao homem Alma. As três luzes: Ven.’. e Vvig.’..
O formato externo, representa a Terra, seja pela sua esfera, seja pela sua coloração e conteúdo.A Romã expressa, na sua coloração, a realidade.
A coroa de triângulos ou coroa da virtude, do sacrifício, da ciência, da fraternidade, do amor ao próximo, está colocada numa extremidade da esfera. Simboliza o coroamento da obra da Arte Real.
A flor rubra representa a chama do entusiasmo que conduz o Neófito ao seu destino, iluminando a sua jornada. As cores da Romã simbolizam: o verde, o reino vegetal; a amarela, o reino mineral; e a vermelha, o reino animal.
As membranas brancas, que não constituem cor, mas a mistura de todas as cores como as obtidas quando o raio transpassa o cristal formando o arco-íris, simboliza a paz e o amor fraterno. Podemos acrescentar que o simbolismo da romã se equivale, na Arte Real, ao simbolismo da Cadeia de União, da Orla Dentada e da Corda de 81 Nós. Em suma, a romã simboliza a própria Loja e a sua Egrégora
SIMBOLOGIA DA ROMÃ

Com uma importância milenar, a romã aparece referida nos textos bíblicos.
Os gregos consideravam-na um símbolo do amor e da fecundidade.
A árvore da romã foi consagrada à deusa Afrodite, por se acreditar nos seus poderes afrodisíacos. Para os judeus, a romã é um símbolo religioso com profundo significado no ritual do ano, porque acreditam que o ano que chega será sempre melhor do que aquele que termina.
Quando os judeus chegaram à terra prometida, após abandonarem o Egito, os 12 espiões que foram enviados para aquele lugar regressaram trazendo romãs e outros frutos como amostras da fertilidade da terra que Jeová prometera.
Ela estava presente nos jardins do Rei Salomão.
Foi cultivada na antiguidade pelos fenícios, gregos e egípcios.
Em Roma, a romã era considerada nas cerimônias e nos cultos um símbolo de ordem, riqueza e fecundidade.
Atualmente, em alguns países católicos do ocidente, é tradição comer romã no dia de reis e segundo uma antiga crença popular, se se trouxer na carteira três sementes de romã, dinheiro nunca há de faltar.
Associada a toda esta simbologia, desde sempre a romã conheceu e conhece ainda aplicações no campo da fitoterapia.