sábado, 3 de outubro de 2009
A Amizade na Maçonaria
A amizade é uma virtude pura e desinteressada, é livre e espontânea; é um carinho cheio de abnegação, um laço indivisível muito estreito; é um sentimento muito fundo, firme e duradouro.
Por isso, os antigos Romanos simbolizavam a amizade como uma jovem vestida de branco, coroada de mirto e de flores, levando em sua mão direita dois corações encadeados, enquanto que sua mão esquerda assinalava seu peito aberto até o coração: Ali se lia " de perto e de longe", em sua frente "inverno e verão" e na franja de sua túnica "a morte e a vida".
Dali que Cicerón precisou que "a amizade é eterna" e que "o amigo certo se conhece no fato incerto".
Como os raios do Sol, a amizade vivifica na noite da incerteza, porque é amor e é caridade, é bem-estar para quem recebe seus eflúvios.
A amizade é um princípio básico na Maçonaria porque é união de vontades, é atração de afinidades e eleva o espírito para uma meta comum. Rechaça de plano a hipocrisia, não gravita nos depósitos de lixo da intriga, e é que a amizade é sempre fiel servidora e conselheira, não se arreda diante do infortúnio nem se esgota diante do temor.
Para avalizar estas premissas vale destacar que a Amizade não aceita a mentira, a trapaça, a omissão, o furto da lealdade, o desvio de metais a traição e a deslealdade maçônico-administrativa.
Ressalte-se isto porque nem as explicações mais esfarrapadas, nem as mentiras deslavadas e verdades falseadas poderão retornar a confiança depois de perdida.
Preserve sempre a amizade verdadeira que tenhas. É o maior bem que um homem honesto possa ter. Nenhum dinheiro, cargo ou outra coisa qualquer pode ser trocado por um amigo sincero.
Sabes que, a amizade é hospitalidade e a hospitalidade é a cortesia do coração. A amizade não ignora os problemas do amigo, é dar calor quando o mundo se mostra frio e é ser forte quando o amigo estremece.
Sabes que, a amizade é capaz de qualquer sacrifício, inclusive o de chegar ao heroísmo. É capaz de arrastar e até de esquentar as terras geladas.
Sete letras dão forma à palavra AMIZADE, mas o assunto não é quantidade: é qualidade, é espírito. Procurar seu significado em um dicionário seria difícil, por não dizer impossível, e é que só aquele que a recebe em forma sincera e clara tem a capacidade para interpretá-la com o coração, com exatidão certeira.
A amizade desterra a inveja que gera o egoísmo rasteiro, rechaça a mediocridade e a mentira. Bem o dizia Fenelón: "se queres fazer juízo de um homem observem quem são seus amigos".
quinta-feira, 1 de outubro de 2009
A Maçonaria é uma escola Iniciática, Simbólica e dotada de Códigos para serem desvendados, obedecidos e retransmitidos aos neófitos. Assim, perpetua-se a tão Sublime Ordem que amo e respeito. Obedecer os Landmarks, os Rituais, as Constituições, Estatutos e Regulamentos com o coração e não por obrigação, por imposição, faz um verdadeiro Maçom. Não sou partidário do fanatismo, seja qual for, partidário ou religioso. Também não o sou do cético. Equilíbrio é importante. Ser ritualístico é ser essencialmente maçônico. Penso que qualquer outra discussão não esteja no alcance da verdadeira maneira de ser Maçom.
O Rito Escocês Antigo e Aceito tem por objetivo restabelecer em seu antigo e verdadeiro caráter e apostolado da mais alta moralidade, da prática das virtudes, da liberdade debaixo da lei, da igualdade segundo o mérito, com subordinação e disciplina, e da fraternidade com deveres mútuos, ampliando o limite das faculdades morais e infundindo, nos usos e costumes da sociedade civil, os sãos princípios da filosofia humana. Esquadro, compasso e régua formam o símbolo da Maçonaria. No altar estas jóias são colocadas sobre o livro da lei, onde a régua foi substituída pelo livro da lei. Deste conjunto deve emanar equilíbrio, harmonia, disciplina, moral, exatidão e justiça, bem como, mostrar o caminho horizontal, pela Terra, e o caminho para cima, ao cosmos, a Deus. Independente se o livro da lei for a Bíblia judaico-cristã, o Alcorão, a Torá, a constituição do país, ou outro. E se o ritual existe para proteger a Maçonaria de eventuais desvios de seu original objetivo, então não existe quase espaço para discussão. O livro da lei deve ficar onde está no rito escocês antigo e aceito. E como este rito foi fundado em berço cristão, em sendo a maioria cristã, o livro da lei é a bíblia judaico-cristã. - E é assim porque o ritual que tem a pretensão de proteger a Maçonaria, assim o determina.
O Venerável de uma Loja é o espelho de seus irmãos. Qualquer ato falho por ele praticado libera os seus irmãos para cometerem os mesmos desvios. Os rituais devem ser obedecidos à risca. Não existe improvisação em Maçonaria. Não se admite práticas do Rito Brasileiro em Lojas do Rito Escocês ou do Rito de York em Lojas do Rito Adoniramita e assim por diante, simplesmente porque é “bonitinho”. A pureza dos Ritos é condição primordial para a beleza da liturgia praticada nas Lojas. Sobre o rigoroso cumprimento das leis e dos rituais.
Os ensinamentos maçônicos são fundamentalmente éticos. A Maçonaria fomenta o desenvolvimento do homem através do aperfeiçoamento moral. Quando a Maçonaria utiliza a Bíblia como sendo o seu Livro da Lei, está implícito que os ensinamentos do Grande Arquiteto do Universo que são extremamente éticos devem ser acatados e praticados por todos os Maçons. Na Maçonaria, os Landmarks são um Código de Ética. Eles disciplinam as ações dos Maçons e das Lojas. Nas Constituições, Estatutos e Regulamentos Maçônicos também encontramos postulados éticos que norteiam a Atitude Maçônica. A Maçonaria propugna, por exemplo, que um Maçom só pode favorecer outro Maçom numa situação incontestavelmente ética. Não podemos favorecer um Maçom em detrimento de outro, seja ele Venerável ou Aprendiz, Mestre ou Companheiro. Se o Mérito for do outro, o Direito é do outro, em detrimento do grau. Só em Igualdade de condições um Maçom pode favorecer um irmão; um Maçom pode ser Justo e Perfeito.
segunda-feira, 24 de agosto de 2009
A ESCADA DE JACÓ
”Há mais mistérios entre o céu e a terra do que possa supor nossa vã filosofia”.
Ir.’. William Shakespeare
“... estão tentando salvar-me,
mas estou indo bem, o melhor que posso...
Passo a passo, um por um, mais e mais alto,
Passo a passo, um por um subindo pela escada de Jacó...
Tudo o que eu quero para o amanhã é tornar-me melhor hoje”.
Traduzem o tema deste trabalho. Refletem uma melhoria contínua e constante. Devem refletir atitudes, crenças e valores da Irmandade.
A "escada de Jacó é a escada simbólica da Mediunidade, através da qual os Espíritos se colocam em contato com os homens, no Plano Físico.
A subida da escada de Jacó não é uma atividade de mão única. Essa escalada é rica, é de interação vital para se completar a obra. Ela é o fluir de todos os recursos espirituais necessários para que os "mistérios das alturas" sejam desvendados em nossa insustentável fragilidade humana.
Ao apreciarmos a natureza podemos perceber que tudo o que nos cerca é algo que o Criador nos ensina por intermédio de símbolos e alegorias. O Sol que se eleva no firmamento e em seu nascente e poente, aí está uma alegoria de nossa existência mortal, a vida e a morte e, mais ainda, a ressurreição. A semente plantada nos ensina o renascimento.
A interpretação da escada de Jacó é que este é o único caminho para atingirmos o êxtase total, a plenitude, entretanto, devemos mais uma vez superar os obstáculos que encontramos em nossa ascensão, pela fé renovadora, simbolizada e identificada pela Cruz.
A âncora aqui não representa tão somente a esperança, todavia sua colocação nos degraus da escada de Jacó significa o elemento que deve ser ultrapassado, pois a âncora tem a finalidade precípua de nos fixar à matéria. Também representa a Esperança no Aperfeiçoamento Moral.
O cálice representa a provação, o juízo final, transposto este obstáculo, atingimos a luz maior, a estrela de sete pontas ou dos magos conforme o arcano XVIII do livro de Thot.
Assim como a Escada de Jacó está envolvida nos mistérios e instituições que a tradição nos dá conhecer, temos a árvore da vida, no jardim do Éden nos mostrando caminhos entre um estágio inferior para um estágio superior. O verso da carta do tarô - o arcanjo maior - O julgamento - aonde vemos uma escada de sete degraus um arcanjo com sua trombeta , tendo à sua volta uma serpente que engole seu rabo com uma árvore ao seu redor. Além de figuras humanas na base da escada.
Esta carta mostra a ressurreição sob influência do Verbo. A Arvore da Vida carrega a seiva para Ourobus, a serpente que morde sua própria cauda, que é o símbolo da eternidade. A misteriosa escada dourada (escada de Jacó) que é o veículo para o homem ascender a um plano superior, atendendo ao chamado do arcanjo. A compreensão desta linguagem simbólica implica o conhecimento de questões que estão diretamente ligadas ao estudo e análise do nosso subconsciente, dos arquétipos e do nosso inconsciente coletivo descrito por Carl Gustav Jung.
A sabedoria é um crescimento da alma, e a recompensa do trabalho e do esforço, que não pode ser adquirido se não pelo seu igual valor
domingo, 23 de agosto de 2009
A ESCADA DE JACÓ NA MAÇONARIA
Mas cabem algumas reflexões antes de nos voltarmos à interpretação propriamente dita.
Por que a Maçonaria, sendo não religiosa, adota alguns símbolos principalmente do Cristianismo
Obviamente que voltando no tempo, vamos encontrar a Maçonaria operativa adotando simbologias cristãs que era a religião preponderante, dominante e representativa do Estado. Seria lógico, que estas corporações utilizassem o cerimonial, os símbolos, as alegorias e a própria Bíblia como instrumentos de trabalho, pois dogmaticamente, acreditavam no Deus do Cristianismo. Posteriormente, na fase especulativa, a Maçonaria não abandonou esses símbolos já que incorporados à tradição da Ordem, em que pese houve um movimento no final do século XVII e início do século XIX para que fossem abolidas todas as referências ao Cristianismo, inclusive esta, da Escada de Jacó.
Mais tarde, as antigas tradições foram retomadas e mesmo um símbolo Cristão, foi adotado dentro de outra simbologia. Não é mais através da oração e da prece católica que o indivíduo sobe a Escada de Jacó, mas sim, simbolicamente pela prática da Virtude e da elevação moral.
Inicialmente a Escada de Jacó era representada por 3 degraus, correspondente aos 3 graus da Maçonaria Simbólica. Posteriormente por 7 degraus (como os há no Templo) representando as 7 Virtudes necessárias para atingir o grau de perfeição moral. Atualmente é representada por um número não especificado de degraus, demonstrando que o caminho é longo, pesado e infinito.
Assim que as escuras nuvens da ira Divina se dissiparam e abriu-se o Céu, passamos a desfrutar de um raio de Sua Glória na “Abóbada Celestial da Loja”. E, mais do que isso, o mesmo ser Divino nos ensinou a conseguir chegar ao topo do mesmo, pelos meios emblemáticos ilustrados por uma Escada composta de três principais lances que levam ás três virtudes teológicas: Fé, Esperança e Caridade. Assim, simbolicamente, um canal é aberto quando abrimos o L:. da L:., para comunicação entre a criatura e seu Criador, com o cativante objetivo de restaurar ao homem a felicidade suprema da qual foi privado pelo pecado original.
O objetivo maior da maçonaria pode parecer utópico. Mas essa escada representa um rumo certo, um caminho a seguir.
O questionamento que permanece é se seria ou não uma pretensão desarrazoada subir os degraus da escada.
A resposta está nos símbolos que estão inseridos entre os degraus e o topo da escada: se o ponto mais alto parece algo inatingível, os símbolos da fé, esperança e caridade, lembram a importância desse caminhar - a forma e o meio.
O ensinamento contido nesses degraus - vinculando a subida rumo ao aperfeiçoamento, à prática da fé, esperança e caridade - é claro no sentido de que a forma com que se pretende alcançar o objetivo maior de aperfeiçoamento é fundamental.
Falta aos homens à busca pelo sonho, o anseio eterno da utopia. Mas se o alto da escada nos parece algo intangível, os primeiros degraus estão próximos. Já seria um enorme progresso humano se fossem dados os primeiros passos.
Essa lição serve para guiar nossa conduta pessoal, na família, na sociedade e entre IIrm:..
No alto da escada, encontramos a Estrela Flamigera ou Estrela de Sete Pontas, irradiando sua energia na forma de raios de luz e calor. A Estrela guia-nos com sua luz pela Escada ao caminho do Divino.
A ESCADA DE JACÓ
A Escada vê-se apoiada no L:. da L:., significando, claramente que não há como iniciar a sua ascensão sem passar por ele, ou seja, pelos ensinamentos e normas que ele contem e que segundo a tradição foi por inspiração de Deus. Mais, numa interpretação mais aprofundada e livre, se mesmo iniciada sua marcha na ascensão da Escada, falharmos na observância do L:. da L:. faltará a base e fatalmente cairemos no abismo do erro e do vício, tendo que reencontrar o caminho.
Para galgarmos os degraus da Escada, encontramos três emblemas, representados pelas figuras de uma CRUZ, uma ÂNCORA e um CÁLICE com uma MÃO. São grandes as simbologias destas alegorias.
A CRUZ – A cruz é um dos símbolos humanos mais antigos e é usada por diversas religiões, principalmente a cristã, embora nem todos os cristãos a usem como símbolo. Ela normalmente representa uma divisão do mundo em quatro elementos (ou pontos cardeais), ou então a união dos conceitos de divino, na linha vertical, e mundano, na linha horizontal. Na Maçonaria e no Painel, representa o símbolo da Fé. A fé renovadora que é a Sabedoria do espírito, sem a qual o homem não levará nada a termo. Também simboliza a Morte. A morte para o mundo profano, sem o qual não poderá almejar ascender ao mundo espiritual que a Maçonaria propicia a seus iniciados.
A ÂNCORA - A âncora aqui não representa tão somente a esperança, todavia sua colocação nos degraus da escada de Jacó significa o elemento que deve ser ultrapassado, pois a âncora tem a finalidade precípua de nos fixar à matéria. Também representa a Esperança no Aperfeiçoamento Moral. Também representa a força de gravidade que nos impulsiona para baixo (nossos vícios e erros) que devemos carregar e livrar-nos para poder ascender na Escada da Virtude.
O CÁLICE - O cálice representa a provação, o juízo final, transposto este obstáculo, atingimos a luz maior, a estrela de sete pontas. Mas não chegaremos a este estágio sem a CARIDADE que é a beleza que adorna o espírito e os corações bem formados, fazendo com que neles se abriguem os mais puros sentimentos humanos.
Por outro lado, continua ele, a Escada como símbolo da Moral, representando o crescimento espiritual do homem na busca da sua perfeição e do elo entre o céu e a terra, é muito antiga.
Portanto, ao vermos o Painel da Loja de Aprendiz, devemos lembrar imediatamente de duas coisas: da Escada de Jacó, símbolo do ciclo evolutivo da vida e da ascensão virtuosa que o Maçom deve almejar até a celestial plenitude, e que seus degraus representam as virtudes que o Maçom precisa adquirir para atingir a perfeição, sendo que as principais delas são a Fé, a Esperança e a Caridade, as Virtudes humanas.
ALQUIMIA E A MAÇONARIA
A Maçonaria e os maçons com as suas alegorias de construção, como ferramentas: trolha, esquadro, compasso, régua, maço, cinzel; materiais como tríplice argamassa, de forma alguma querem dar a entender que queiram construir algum prédio material - quando assim o querem contratam uma firma especializada - mas sim a construção de um Templo Espiritual à Divindade Maior, o Grande Arquiteto do Universo.
É a procura do auto-conhecimento para purificar o ente de cada obreiro, e a partir daí construir a morada do Espírito. Essa construção maçônica percorre vários patamares (Escada de Jacó) e à medida que o maçom vai galgando os seus degraus (os graus maçônicos) ele tem um compromisso com a Lei do Karma de estar mais santificado que no patamar anterior.
Da mesma forma o alquimista no seu trabalho de manipulação das substâncias não quer dizer que ele queira conseguir ouro material. Alquimia é a ciência pela qual as coisas podem não ser decompostas e recompostas (como se faz em química), mas também sua natureza essencial pode ser transformada e elevada ao mais alto grau ou ser transmutada em outra.
. A medição ou especificação do tamanho e do formato das pedras;
. O desbaste, adequação das formas e o polimento para dar o acabamento adequado às pedras;
. A aplicação e o assentamento das pedras na construção.
Este conjunto de instrumentos que são necessários a execução de cada etapa da obra., indicam na Ordem Maçônica, simbolicamente os diversos Graus que nela existem. Cada Grau, representa na Maçonaria, todo um conjunto de conhecimentos que são necessários ao aperfeiçoamento e ao crescimento moral e ético dos Maçons.
Uma das muitas certezas que a vida em sociedade e a evolução do conhecimento humano nos deram, foi a de que nem todos os homens assimilam de maneira semelhante as mensagens da Simbologia Maçônica. Como se coloca em alguns rituais: devemos pensar mais do que falamos. A reflexão e a conseqüente meditação são essenciais a compreensão da linguagem maçônica.
O avanço pelos diversos graus, portanto não deve ser considerado pelo tempo que esta sendo empregado, não devem ser conduzidos pela pressa. Oque deve ser levado em conta é o esforço individual e o desprendimento pessoal de cada Maçom, conforme o seu potencial e capacidades para poder galgar com segurança e sabedoria os degraus da Escada de Jacó.
quinta-feira, 13 de agosto de 2009
A Maçonaria faz o “bem”, física e moralmente. Seus adeptos unem-se em sentido fraternal – e, segundo Helena Blavatsky, em seu livro “As Origens do Ritual na Igreja e na Maçonaria”: “é a única “religião” no mundo, se consideramos o termo como derivado da palavra “religare” (ligar), pois que une todos os homens que a ela se filiam como “irmãos”, sem preocupações de raça ou fé”.
Holismo, basicamente, é uma atitude diante da realidade, uma forma de perceber e compreender o mundo, onde há “permissão” para um intercâmbio dinâmico entre Ciência, Arte, Filosofia e as Tradições Espirituais.
Sendo assim, o pensamento holístico e Maçonaria formam um conjunto, que atravessa todos os níveis de atuação individual e social do maçom; esse conjunto admite todas as religiões; admite todos os sistemas filosóficos - mas não os mesclam, não os misturam (Corda de 81 Nós – todos juntos, porém, cada maçom conserva sua individualidade). Respeita o que cada um tem de importante e entende que a diversidade é aceitável e é até recomendável e essencial para a proliferação e riqueza das idéias.
Essa concepção substitui o modelo fragmentado e reducionista baseado na orientação mecanicista do paradigma newtoniano/cartesiano.
A percepção holística preocupa-se com o bem-estar do ser total,
A Maçonaria, sempre estimulou seus adeptos, a superar formas de dualismo (o número 2 – o opositor), em busca da totalidade: ser humano e Natureza, energia e matéria, corpo e espírito, etc. O holismo é uma visão de mundo que se contrapõe à visão dualista, fragmentadora e mecanicista que despojou o ser humano da sua unidade, ao longo dos séculos. A Maçonaria propõe o simbolismo primevo da Trindade.
A MAÇONARIA E O HOLISMO
A idéia de holismo não é recente. Ela atravessa por várias concepções filosóficas ao longo de toda a evolução do pensamento humano. O pensamento holístico é profundamente ecológico, e de acordo com ele, o indivíduo e a Natureza não estão separados, mas formam um conjunto único, que não pode ser dissociado.
A palavra holismo vem do grego “holos”, que significa “o todo” – a integração das partes num todo. Aparece pela primeira vez na obra “Holismo e Evolução” , de Jan Smuts, em 1921, governador britânico no sul da Índia, que assim a definiu : “A tendência da natureza a formar, através de evolução criativa, todos que são maiores que a soma de suas partes”.
Holismo é o conceito-chave do paradigma que afirma haver uma integração abrangente do mundo e do homem. Em contraste com a experiência de uma fragmentação na ciência e na vida cotidiana, a integralidade é apresentada como um conceito filosófico-científico.
Também é ciência (investigação racional ou estudo da Natureza direcionado à descoberta da Verdade), no seu aspecto mais abrangente, partindo da premissa que homem e Natureza são componentes de um único sistema.
COMO É A MAÇONARIA?
Admitindo em seu seio homens de caráter, sem consideração à sua raça, cor ou credo, a Maçonaria se esforça para constituir uma liga internacional de homens dedicados a viverem em paz, harmonia e afeição fraternal.
Em cada país ou em cada estado de uma Federação, é regulada e dirigida por uma Grande Loja independente e soberana.
A Ordem é uma associação de homens livres e de bons costumes, cultivando os princípios da liberdade, democracia e igualdade, aperfeiçoamento intelectual e fraternidade.
É uma entidade iniciática, filosófica, educativa e filantrópica.
É uma Instituição que promove o renascimento espiritual do homem, através de um realinhamento do sistema de sua conduta moral e ética. O iniciado na Ordem compromete-se a vencer paixões, vícios, ambições, ódios, desejos de vingança e, o que estiver oprimindo-lhe a alma.
Onde a palavra liberdade está, também aí depara-se com a Maçonaria.
A Maçonaria é uma Ordem Universal formada por homens de todas as raças, credos e nacionalidades, acolhidos por suas qualidades morais e intelectuais e reunidos com a finalidade de construírem uma Sociedade Humana, fundada no Amor Fraternal, na Esperança com amor à Deus, à Pátria, à Família e ao Próximo com, Tolerância, Virtude e Sabedoria e com a constante investigação da Verdade e sob a tríade Liberdade, Igualdade e Fraternidade, dentro dos princípios da Ordem, da Razão e da Justiça.
terça-feira, 11 de agosto de 2009
A maçonaria é gnóstica, ou seja crê no dualismo. O dualismo é uma crença segundo a qual o bem e o mal são apenas duas faces da mesma moeda..Para que haja uma evolução dialética é necessário, segundo os gnósticos, que o bem interaja com o mal para que a evolução, que é uma síntese de tudo isso, apareça.Assim os quadrados brancos juntos com os negros representam algo como o Yin e o yang, isto é, o bem e o mal são necessários um ao outro para que haja evolução e se interpenetram.
Nós somos pensamentos-sentimentos em perpétua mutação e contradição; amor e ódio, calma e cólera, inteligência e ignorância.
Luz e Trevas: a Eterna Batalha
A tradição oculta fala sobre a existência de uma fraternidade negra, pessoas que trabalham unicamente para o eu, que resistem ao processo de evolução e tentam distorcê-lo. Esses inimigos do progresso e da felicidade, chamados de “senhores da face escura”, são considerados a antítese da Grande Fraternidade Branca.
Quem se aprofunda no estudo da história, especialmente da evolução cultural e espiritual da humanidade, reconhece a existência de duas forças antagônicas: as forças do progresso e da expansão, de um lado, e as da decadência e da contenção, de outro. Essas forças opostas são, às vezes, chamadas de forças da luz e forças das trevas – expressões bastante utilizadas por oradores e escritores durante as duas grandes guerras do século vinte.
Uma definição geral para essas duas forças opostas deve levar em conta que todos os seres humanos altruístas, qualquer que seja seu nível de evolução, são expressões das forças da luz. Todos os seres humanos egoístas, do selvagem sensual até os cruéis e altamente intelectualizados inimigos da felicidade humana, são representantes das forças das trevas. Entre essas duas forças e seus representantes humanos é travada uma guerra perpétua, da qual as duas guerras mundiais foram uma expressão temporária no plano físico.
A cor negra representa o caos, os presságios, o medo e o vício. A cor branca simboliza a fé, a pureza, a esperança, a bondade, a força e a paciência do homem para com o seu semelhante.
Simbologia que envolve o entrelaçamento dos opostos: o bem e o mal, espírito e matéria, o dia e a noite, a dualidade presente no cotidiano de nossas vidas retratada no piso interior do Templo, entre o Sul e o Norte, do Ocidente ao Oriente. Refletem a sua simbologia, também, na indumentária maçônica. Essa é uma das razões do rigor exigido em nossas vestes, que refletem no piso mosaico a mística do preto-masculino-sol e o feminino-lua, o iniciar do dia, e o branco relacionado com o finalizar do dia e a fertilidade dos homens e mulheres, cumprindo e protagonizando o ritual da criação.
Significa a variedade do solo terrestre, formado de pedras brancas e pretas ligadas pelo mesmo cimento; simboliza a união de todos os Maçons, apesar de diferenças de cor, climas e de opiniões políticas e religiosas. E também, a imagem do Bem e do mal, de que se acha semeada a estrada da vida.
Simboliza a perfeita harmonia e dualidade entre os opostos nas leis naturais no Universo. É o emblema do Eco, reflexo, conflito ou contraposição de forças antagônicas. Simboliza a dualidade positivo-negativa de todas as coisas existentes; cada elemento da natureza tem o seu oposto: espírito e matéria, luz e sombra, calor e frio, vida e morte, etc.
Simboliza a diversidade dos homens e de todos os seres, animados ou inanimados, entrelaçando-se o espírito com a matéria.Com seus ladrilhos unidos e simétricos representa a harmonia universal, a união de homens de todas as raças e crenças e a afirmação de que a maçonaria não admite preconceitos.Lembra que apesar da diversidade do antagonismo das coisas da natureza, em tudo reside a mais perfeita harmonia.
Remetem ao Maçom à humildade que lhe deve ser inerente, perante as mais variadas representações da Fé no Grande Arquiteto, orientando-nos para o caminho da tolerância e desapego aos preconceitos quando nos deparamos com conceitos diversos de religiosidade mas, que não representando nenhuma afronta às Leis Maçônicas, devem ser respeitadas e vistas como a exteriorização do amor ao G.'.A.'.D.'.U.'.Esta tolerância, deve se dar apenas no sentido de desapego à conceitos pré-concebidos que nossa vivência no mundo profano eventualmente nos faz incorporar, e o respeito às religiosidades humanas tem a finalidade de busca a uma harmonia Universal.
Mostram-nos ainda seu apoio no pavimento de mosaico, que é a personificação da dualidade ou pares opostos, como dia e noite, a dor e o prazer, a honra e a calúnia, o êxito e a desilusão, pois é na dualidade que repousam todos os caminhos de nossa existência, porquanto são os dias dos homens que fazem o julgamento de sua própria conduta.
PISO MOSAICO
sexta-feira, 7 de agosto de 2009
ROMÃS - FRUTOS SAGRADOS
Para os Assírios, a romã simbolizava a vida
e os primeiros frutos da colheita eram entregues ao sacerdote
que extraía o seu suco para que o Rei o oferecesse ao ídolo.
Os frutos mais formosos que simbolizavam o prolongamento da vida
eram preservados para o templo;
a Romãzeira era considerada como o pai da vida;
com a madeira da árvore, eram confeccionados amuletos.
Os fenícios, tinham a Romã, também, como frutos sagrados,
bem como os Cartagineses e os Romanos,
que os reproduziam nos capitéis de suas colunas
e os colocavam nas tumbas dos sacerdotes e dos reis.
Para os gregos a Romã era sagrada e eles a denominavam de Roidion,
e a Romãzeira de Roía; os frutos eram oferecidos à deusa da sabedoria,
protetora da cidade de Atenas.
Para os iniciados nos mistérios de Eleusis,
Dodone, Delfos, Megara e outros, a Romã simbolizava a fecundidade e a vida.
Platão teria afirmado que dez mil anos antes de Menés
já existia a cerimônia que incluía a Romã como fruto,
com a sua rubra flor.
quarta-feira, 5 de agosto de 2009
Por quê Salomão valorizava tanto a romã e o seu vinho?
Além do atributo afrodisíaco que os comerciantes dão ao vinho da Romãzeira, o relato de Cantares é claro. Um homem para contentar a mil mulheres, mesmo com higidez excepcional, deveria valer-se de algum produto afrodisíaco, que não era outro senão o vinho da romã.
A MACIEIRA NÃO DEU CERTO. MAS A ROMÃZEIRA SIM!
Ao lado da minha casa de minha infância tinha uma macieira que não deixava a luz entrar totalmente em meu quarto. Ela tapava minha visão exterior com sua copa.
Eu cresci olhando a macieira e lembro que seus frutos não desenvolviam, nasciam as flores, que logo se tornavam maçãs, mas que amarelavam, apodreciam, caiam. Isso me deixava intrigado, era algo que não tinha explicação, a terra era fértil, e chovia muito na região.
Por que os frutos apodreciam? Perguntava a meus irmãos e nunca tinha a resposta.
No entanto, me parecia útil viver à sombra dela. Seus galhos faziam sombras que permitiam que eu dormisse até mais tarde.
Acordei certo dia com o tinir do machado. A janela estava aberta! Vi que meu pai derrubava a macieira. Saí do quatro a pinotes, rumo ao quintal. Chegando lá queria saber o porquê. Meu pai disse que a maçã era a fruta da discórdia; que Deus expulsou Adão e Eva do Paraíso porque eles comeram maçã. Voltei para meu quarto, pensativo: sendo a árvore da desunião, meu pai acertou em derrubá-la...Era por isso que ela não dava frutos...
No dia seguinte acordei com uma luz intensa em meus olhos. Olhei pela janela e a macieira não estava mais lá. Eu ainda estava meio cego devido à luz. Um de meus irmãos, que não pude ver, pegou minha mão e me conduziu até a janela. Lá pude ver que a árvore plantada no lugar era uma romãzeira.
Tempos depois a romãzeira estava florida. Quase todas suas flores se transformavam em romã. Suas sementes ficavam bem juntinhas e presas na tenra casca. As romãs maiores apresentavam rachaduras, e suas sementes caiam e germinavam no solo fértil. As mudas recém nascidas ficavam à sombra da mãe até certa idade, depois meus irmãos as replantava em lugar com maior luminosidade, e elas cresciam e davam frutos.
Eu sei que muitos gostam de plantar macieiras, porque maçã tem bom valor de mercado. Outros de dormir até mais tarde, de viverem à sombra. Esperam os frutos sem nunca terem plantado uma árvore. Não os julgo. Que plantem macieiras!
Mas eu estarei sempre com meus irmãos plantando romãzeiras. Porque sei "quão bom e quão suave é que os irmãos vivam em união!"
terça-feira, 4 de agosto de 2009
Lindas flores vermelhas enfeitam um pé de romã...
Lindos frutos vermelhos enfeitam um pé de romã...
É a festa do existir no canto de nossa fraternidade...
Casca que aloja sementes como a Loja nos abriga...
Ir .’. Joaquim Monte
O simbolismo do fruto e de sua flor se adequa à filosofia maçônica, pois os grãos simbolizam a união dos maçons em seus vários aspectos: o fisiológico, porque cada grão possui "carne", "sangue" (o suco) e "ossos", (as sementes).
Quando os judeus chegaram à terra prometida, após abandonarem o Egito, os 12 espiões que foram enviados para aquele lugar regressaram trazendo romãs e outros frutos como amostras da fertilidade da terra que Jeová prometera.
terça-feira, 21 de julho de 2009
VERSOS DE OURO DE PITÃGORAS
sexta-feira, 17 de julho de 2009
O distraido nela tropeçou,
O bruto a usou como projétil,
O empreendedor, usando-a, construiu,
O camponês, cansado da lida, fez dela assento.
Para os meninos, foi brinquedo
Com ela, Davi enfrentou Golias
Antonio Lisboa (o Aleijadinho) fez belas esculturas.
Os Chineses construiram as Muralhas da China,
Os Egipcios construiram as Pirâmides,
Os Gregos fizeram Pontes,
E os Ingleses fizeram Templos.
Em todos esses casos,
a diferença não estava na pedra
MAS NOS HOMENS QUE A USARAM.
Na Maçonaria todos nós somos pedra
E devemos... e podemos trabalhar
Para sermos Pedras Polidas
HOMENS MELHORES.
Ir.Rene Farias,
Adaptação da Obra "A Pedra"
de Drummond de Andrade